Você dorme bem? O ronco é o companheiro das suas noites? Se sim, cuidado, isso pode ser um sinal de apnéia do sono.
A apnéia obstrutiva do sono é uma alteração respiratória que acontece enquanto o indivíduo dorme e é caracterizada por paradas breves e repetidas da respiração - por pelo menos dez segundos e com freqüência de cinco vezes por hora de sono. Um dos principais sintomas deste distúrbio é o ronco, que muito mais do que incomodar o parceiro pode ser indício de um grave problema.
Além de prejudicar a qualidade do sono, que influencia a qualidade de vida, a apnéia do sono pode causar hipertensão arterial, doenças vasculares, depressão, entre outras patologias. Segundo a Sociedade Brasileira de Sono, 25% da população brasileira, na faixa dos 40 aos 60 anos, sofre deste mal.
O estreitamento da via área, que causa diminuição da entrada de ar, é um dos fatores que levam ao ronco e à apnéia. Este estreitamento pode ocorrer por inúmeros fatores, dentre eles alterações do esqueleto facial, como a posição da mandíbula e da maxila e a deficiência na oclusão dental. Nestes casos, a solução é a cirurgia ortognática, que corrige estes problemas melhorando a mordida, a função da articulação mandibular, a estética e a respiração, aumentando assim a entrada do ar. O que em muitos casos resolve o ronco e a apnéia do sono.
"A indicação de cirurgia ortognática para pacientes portadores de apnéia obstrutiva do sono é feita quando as alterações do esqueleto facial provocam sério comprometimento da entrada do ar. Os pacientes podem apresentar alterações de diferentes proporções, sendo que a mais comum é a do micrognatismo mandibular (figura 1), onde a falta de desenvolvimento da mandíbula gera uma via aérea muito estreita", destaca dr. Octavio Cintra.
Um teste muito simples pode ser feito em casa para checar se há indícios de estreitamento da via aérea. O Teste de Mallampati (figura 2) é utilizado por anestesistas para verificar a facilidade ou não de intubação. Em frente ao espelho abra a boca, colocando a língua para fora, o objetivo é ver a úvula (sininho) entre as amígdalas. Não conseguir visualizá-la é sinal de problema. Quanto maior a obstrução, maior será a possibilidade de desenvolvimento da apnéia do sono.
Muito além das manifestações noturnas, a apnéia do sono leva a alterações na qualidade de vida e da capacidade profissional, resultantes do sono não-reparador, onde se pode citar entre outras: sonolência excessiva, cefaléia matutina, alteração do humor, dificuldade de concentração, alteração da memória, diminuição da libido e fadiga.
Dr. Octavio Cintra coloca que "o diagnóstico de apnéia do sono deve ser feito o quanto antes, pois não podemos achar que é normal roncar e ter momentos de falta de ar durante a noite. É imprescindível iniciar logo o tratamento, seja ele qual for, pois saúde e qualidade de vida começam com uma noite bem dormida".
Créditos:
O Dr. Octavio Cintra é cirurgião-dentista formado pela Unicamp, com residência em Cirurgia Bucomaxilofacial pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. É especialista e membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial e pós-graduado pela University of Texas - Southwestern Medical Center at Dallas, Parkland Memorial Hospital, de Dallas, Texas, nos EUA. Atualmente ele é diretor do núcleo de Cirurgia Ortognática no Well Centro Clínico, em São Paulo (SP).
Data da inclusão: 23/01/2008
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Leitura adicional:
Apnéia do sono - Causas, tratamento
Insônia, ronco, apnéia, sonolência - Desordens do sono