Uma pesquisa científica desenvolvida em Belo Horizonte pela clínica de check up médico BH Check Up revelou um dado preocupante. Segundo o estudo, cerca de 40% dos executivos de Minas Gerais fazem uso constante de medicamentos sem orientação médica.
A principal razão atribuída pelos profissionais para esse comportamento é o dia-a-dia atribulado e a falta de tempo, que os impede de procurar um consultório médico. O resultado da pesquisa é grave, porque mostra que, além de estarem expostos a um cotidiano estressante e sofrerem com doenças decorrentes da estafa, os executivos mineiros estão tratando esses sintomas de forma equivocada e perigosa.
Ao invés do médico, balconistas de farmácias, amigos, familiares e conhecidos indicam medicamentos e soluções milagrosas para as mais diversas doenças. Na maioria das vezes, o usuário desconhece ou desrespeita as indicações de armazenagem e dosagem dos medicamentos. Além disso, quem recorre à automedicação não sabe identificar ou não fica atento a possíveis efeitos colaterais do produto. Apenas o médico sabe definir se o paciente poderá apresentar alguma reação alérgica a determinada droga e qual é a dosagem indicada para cada pessoa.
RISCOS ALTOS
Dosagens superiores à recomendada ou o uso simultâneo de dois ou mais remédios podem sobrecarregar o organismo e causar problemas em órgãos como o fígado, os rins e o coração. Mesmo medicamentos considerados corriqueiros, como a aspirina, podem provocar gastrites ou alergias se usados em excesso ou de forma incorreta. Antibióticos inadequados podem causar efeitos ainda mais devastadores.
Percebemos que redutores de colesterol, analgésicos, tranquilizantes, antidepressivos, controladores de apetite, antiácidos, antiinflamatórios e anti-hipertensivos são alguns dos medicamentos mais utilizados por executivos, sem orientação médica. É importante ressaltar que alguns desses medicamentos podem, inclusive, causar dependência. Esses remédios são utilizados para tratar males comuns entre esses profissionais, como ansiedade, depressão, estafa, colesterol elevado, fadiga, dor muscular, dor de cabeça, gripes, azia, hipertensão. Problemas que, em geral, podem ser evitados com a adoção de um estilo de vida mais saudável, boa alimentação e prática de exercícios físicos regulares.
Além do tratamento de sintomas, a automedicação costuma ser usada para manter os profissionais alertas ou transmitir a sensação de disposição e bem-estar. Essa idéia pode levar ao consumo abusivo de vitaminas, que também é uma prática preocupante e comum entre os executivos. Suplementos vitamínicos são desnecessários para a maioria das pessoas, já que uma dieta balanceada já supre as necessidades diárias de vitaminas do indivíduo, não havendo a necessidade de complementação.
Manter espaço no dia-a-dia para atividades fundamentais, como o descanso, boa alimentação, exercícios físicos e lazer, podem contribuir para evitar grande parte das doenças relacionadas ao estresse. Os profissionais também devem encontrar um espaço na agenda para consultar um médico periodicamente e realizar exames de rotina. A automedicação é perigosa e ninguém gosta de tomar remédio. Por isso, é sempre bom lembrar: medicamentos devem sempre ser tomados com orientação médica e pelo menor tempo possível.
Fonte: Interface Comunicação Empresarial
Jornalista Andréa Guimarães - andrea@interfacecomunicacao.com.br
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