O que fazer quando seu filho está "à beira de um ataque de nervos"?
Lições de casa, provas, trabalhos e apresentações de fim de ano podem deixar as crianças "à beira de um ataque de nervos". Segundo a assessora psicopedagógica do Colégio Marista Arquidiocesano, a psicóloga Silvana Garuti, os pais podem e devem colaborar para evitar que o cansaço e a irritabilidade natural do último bimestre escolar comprometam o bem-estar de seus filhos.
Silvana sugere algumas dicas para amenizar o problema:
- Sempre que sobrar um tempinho (já que os pais também têm suas obrigações e dispõem de cada vez menos tempo para desfrutar da companhia dos filhos), proponha alguma atividade não-acadêmica para seus filhos. Vale passar o dia na praia, a manhã no clube, ou algumas horas dançando ou jogando bola em casa mesmo;
- Peça orientação na escola onde seu filho estuda sobre como pode ajudá-lo a organizar melhor suas obrigações, de modo a evitar aquela pressão de estudar ou entregar um trabalho na última hora;
- Evite pressionar ou chantagear a criança com relação às notas. O importante é observar onde se concentram suas principais dificuldades e tentar encontrar um modo de ajudar a superar a fase. Aqui, vale um diálogo bastante franco com seu filho;
- Não condene o comportamento de sua criança antes de averigüar como está o entrosamento dela dentro da escola ou mesmo em família. Baixo rendimento pode refletir sentimentos de contrariedade e tristeza.
Estar a par do entrosamento da criança com os colegas de sala de aula pode ser revelador. Os pais têm de ter cuidado dobrado ao perguntar a respeito dos relacionamentos dos filhos para não parecer um inquérito nem obter respostas superficiais.
"Procurem aproveitar um momento de descontração para abordar aspectos pessoais, já que é muito comum os pequenos se intimidarem com muitas perguntas e \'travarem\'", diz Silvana.
Estimular o convívio com outros grupos de amigos, como vizinhos do condomínio, freqüentadores do clube ou colegas da escola de idiomas também ajuda a minimizar o impacto de possíveis problemas sociais que a criança pode estar enfrentando com seus amiguinhos de sala de aula nesta etapa final e decisiva do ano letivo.
Fonte: Silvana Garuti, assessora psicopedagógica do Colégio Marista Arquidiocesano, de São Paulo
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