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Fitoterapia e plantas medicinais

Não é por acaso que vários remédios intitulados "naturais" estão no mercado. O uso de fitoterápicos, ou medicamentos cujo efeito terapêutico tem origem em plantas e em seus extratos, caracteriza uma das medicinas alternativas mais procuradas, a fitoterapia.

Entre os preferidos pelos brasileiros hoje estão a hortelã, empregada como expectorante; a babosa, para tratamento de queimaduras; o boldo e a carqueja, indicados para má digestão; o alho, usado no tratamento de gripes e resfriados, além de auxiliar na redução do colesterol; e a calêndula, como anti-inflamatório e antisséptico.

A fitoterapia significa uma alternativa ao uso de medicamentos sintéticos, geralmente mais caros e agressivos ao organismo, mas, ao contrário do tratamento complementar à base de essências florais, pode oferecer riscos à saúde quando não utilizada na posologia adequada. Quanto a ser mais barata também é um conceito que nem sempre é verdadeiro como imagina a maioria das pessoas, pois alguns fitoterápicos, dependendo da complexidade de sua produção, podem ter custos similares aos dos produtos sintéticos.

Além disso, a automedicação com fitoterápicos tem os mesmos riscos dos remédios convencionais. Isso ocorre devido à dificuldade de se avaliar a diversidade de princípios ativos contidos nas plantas e a interação de suas moléculas com o organismo e outras drogas. Assim, deve-se utilizar apenas produtos por indicação médica e com eficácia comprovada cientificamente.

Algumas espécies de plantas medicinais têm alta toxicidade, como o confrei (Symphytum officinale L.), cujo chá e suco já foi utilizado largamente pela população. Estudo científico comprovou que esse vegetal sintetiza alcalóides pirrolizidínicos, substâncias causadoras de necrose centro-lobular, levando a lesões hepáticas graves. Hoje, o uso do confrei se limita a produtos de uso externo, de aplicação tópica.

Diante do uso indiscriminado de plantas medicinais, tornam-se necessários experimentos clínicos e estudos científicos sólidos, visando esclarecer a população quanto aos riscos e benefícios oferecidos por essa terapia e guiar pesquisadores na descoberta de compostos bioativos para a obtenção de outros fármacos. Mas além disso, o estudo de fitoterápicos tem objetivos sociais relevantes, como a aceitação popular, a exploração racional da biodiversidade e dos recursos terapêuticos naturais e o fortalecimento do mercado no setor de medicamentos.

Esses são também alguns objetivos do Programa Farmácias Verdes, da Far-Manguinhos, unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produz medicamentos. O Farmácias Verdes, por meio da utilização de plantas medicinais nos programas de atenção primária à saúde - segundo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) - atende comunidades de dois assentamentos do Movimento dos Sem Terra (MST), o Serraria, localizado em Moreno (PE), e os Ceris, em Jóia (RS).

Segundo a gerente do programa Jislaine Guilhermino Pereira, em localidades distantes ou privadas da rede pública de saúde e, portanto, da distribuição de medicamentos, o uso de fitoterapia é essencial. "As plantas medicinais são um importante fator na manutenção de um nível aceitável de atendimento farmacêutico", explica Jislaine.
Outro órgão que investe em pesquisas de fitoterápicos é o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que abriu linhas de financiamento para que pesquisadores provem a eficácia dos fitoterápicos disponíveis no mercado nacional e obtenham os devidos registros na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No Brasil, a regulamentação de fitoterápicos é feita com base em estudos e literatura que comprovem o uso e a eficácia da planta medicinal ao longo de pelo menos trinta anos. Já em países como França, Alemanha e Inglaterra, o uso tradicional é o suficiente para o registro de um remédio como fitoterápico. Nos Estados Unidos, mesmo sem a devida regulamentação, o incremento no consumo de fitoterápicos e outras terapias complementares demonstra que se alarga sua aceitação pelas pessoas.
Por Julia Segatto, Agência Brasil


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