Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 12% dos gastos totais em saúde estão relacionados com o tratamento de feridas de todos os tipos, que muitas vezes surgem com a evolução de doenças comuns como diabetes, aterosclerose e varizes. A cicatrização delas requer acompanhamento médico, além de boa nutrição e cuidados com a higiene corporal.
Com o objetivo de informar a população sobre os aspectos sociais e psicológicos deste problema, além de dar dicas sobre prevenção e tipos de tratamento, a regional fluminense da Sociedade de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV-RJ) realizará, no dia 13 de março, terça-feira, uma palestra gratuita sobre úlcera vascular no Centro do Rio.
Além de trazerem grande desconforto, as feridas nas pernas e pés que custam a cicatrizar podem significar que alguma coisa não vai bem na saúde como um todo. Informar-se sobre o motivo de seu surgimento e as formas corretas de tratamento é um passo muito importante para a cura”, afirma a coordenadora da palestra, a especialista Maria de Lourdes Seibel.
A ferida é o rompimento de um tecido do corpo e geralmente aparece como uma resposta do organismo a uma situação extrema. A doença venosa é o principal motivo do surgimento de úlceras nos membros inferiores, ocorrendo após uma trombose venosa profunda, flebite ou varizes de longa duração. Outras causas comuns são insuficiência arterial, pressão alta e neuropatia. “Os principais fatores que alteram o funcionamento normal do sistema venoso vão desde gravidez e obesidade, até problemas como a insuficiência cardíaca, o mal funcionamento de válvulas cardíacas, atrofia muscular e trombose venosa profunda”, lembra a angiologista Maria de Lourdes.
Cada tipo de úlcera requer um tratamento específico, mas em geral é necessário eliminar ou controlar os obstáculos à cicatrização como infecção, tecido necrosado ou materiais estranhos colocados sobre a ferida que não sejam curativos protetores. Segundo Maria de Lourdes, se uma úlcera não for tratada corretamente ela pode levar a uma situação grave em que o único recurso para evitar a morte seja a amputação. “Por isso, a melhor prevenção para úlceras vasculares é o tratamento adequado de suas principais causas: varizes, trombose venosa, aterosclerose, diabetes e hipertensão arterial, entre outras”, orienta a médica.
Sintomas e tratamentos
Os principais sintomas dos pacientes que desenvolvem úlceras são dor, cansaço, sensação de peso nos membros inferiores, edema e coceira nas áreas onde há inflamação. O tratamento inclui medidas para diminuir a hipertensão venosa tais como evitar permanecer muitas horas em pé ou sentando durante o dia, evitar o uso de sapatos altos, obesidade e exercícios com peso e praticar atividades físicas moderadas como caminhada e ciclismo.
Para tratar a úlcera é necessário limpá-la adequadamente, mantê-la comprimida com o uso de meias elásticas ou ataduras e repouso. Em casos de infecção o médico poderá receitar antibióticos, além de pomadas e cremes para tratar a coceira e as alterações de pele. Outras orientações e a lista de serviços públicos que oferecem atendimento adequado podem ser encontradas no site da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (www.sbacvrj.com.br).
Serviço:
Palestra gratuita sobre úlcera vascular
Dia 13 de março, terça-feira, das 9h30 às 13h, na Cinelândia, Rio de Janeiro.
Auditório da Regional Rio de Janeiro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular
Informações e inscrições: (21) 2233-0005.
Créditos:
Ricardo Machado Assessoria de Comunicação - RJ
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Leitura adicional:
H. Pylori e úlcera péptica