Palavra vilã no imaginário popular, o colesterol, quase sempre, é associado à doenças e a problemas graves de saúde. E, realmente, se não tratado de forma correta pode trazer sérios riscos ao organismo. Segundo o cardiologista Dáphnis dos Santos Júnior para que o corpo humano possa viver harmoniosamente com esse "elemento" é preciso ter alguns hábitos saudáveis. "O colesterol é essencial à vida. Sem ele seria impossível viver. Este tipo de gordura é constituinte fundamental de membranas celulares, de hormônios variados, inclusive sexuais, e de modo geral, de quase todos os processos biológicos que nos regem", afirma.
Por isso, declara o médico, a melhor forma de prevenir e controlar os aspectos negativos do colesterol é ter uma alimentação rica em carne branca, verduras, frutas e, principalmente, praticar exercícios físicos diariamente. "É muito importante salientar que fatores de risco coadjuvantes, além dos genéticos, quase sempre, participam do processo de acúmulo do colesterol nas artérias. Assim, o diabetes, a pressão alta e o tabaco são co-participantes muito importantes do processo de arteriosclerose".
Ele também destaca que o desenvolvimento real da doença é um processo envolvendo múltiplas variáveis. Assim, cita o exemplo, de uma pessoa com taxa de colesterol no sangue acima do normal, mas, com pressão arterial abaixo de 12x8, sem nenhum histórico familiar de arterosclerose, não fumante, não diabética, que caminha todos os dias, e que pode, eventualmente, viver até os 100 anos, com perfeita saúde, sem nunca ter desenvolvido doença que habitualmente se associa ao colesterol alto.
ATENÇÃO AO EXCESSO DE GORDURAS DENTRO DAS ARTÉRIAS
Por outro lado, outra pessoa, diabética, fumante, hipertensa e com colesterol apenas discretamente acima dos níveis normais pode ter um infarto com 38 anos. "Distúrbios genéticos do colesterol podem acarretar níveis elevadíssimos dessas gorduras e ocasionar infarto e derrame, mesmo em crianças", alerta. Por outro lado, afirma o cardiologista, o colesterol acima do normal, por si só, não provoca nenhum sintoma. "Se uma pessoa está com colesterol muito elevado, 380 mg% por exemplo, e está com dor de cabeça, não existe nenhuma correlação entre o sintoma e a alteração dessa gordura. As conseqüências deste tipo de alteração sempre serão por acúmulo crônico das gorduras dentro das artérias", enfatiza.
DICAS
A reprogramação do estilo de vida é essencial, sugere o médico, "evitar o estresse constante, praticar atividade física regular, o esforço físico como condicionamento do sistema cardiovascular é remédio que não se compra em farmácia, esse tipo de atividade, também, libera uma série de substâncias benéficas na circulação que protegem a parte interna das artérias, impedindo os coágulos no sangue".
Fonte: Interface Comunicação Empresarial
Por Andréa Guimarães
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