Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o infarto agudo do miocárdio, popularmente conhecido por ataque cardíaco, mata 15 milhões de pessoas no mundo por ano. Esse alto índice e o que fazer para manter o coração saudável são assuntos importantes a serem discutidos no Dia Mundial do Coração, comemorado em 25 de setembro. A obesidade, a falta de exercícios e alimentação incorreta são fatores de risco que elevam muito a probabilidade de acontecer a doença. Mas, porque pessoas saudáveis, como, por exemplo, jogadores de futebol, morrem de infarto fulminante?
O cardiologista Alexandre Alessi, do Hospital Nossa Senhora das Graças, explica que essas mortes súbitas que têm acontecido com jogadores de futebol ocorrem, geralmente, por problemas congênitos. “Também existe a possibilidade de serem problemas adquiridos, que não dependem dos fatores de risco tradicionais. Qualquer um pode ter defeitos ou doenças que não apresentam sintomas e estar sob risco sem saber”.
Além disso, os esportes estão cada vez mais competitivos, fazendo com que o atleta queira se superar de todas as formas – muitas vezes, extrapolando sua real capacidade física. “Por isso, recomenda-se uma boa avaliação clínica cardiológica periodicamente. Os atletas também devem ficar atentos para alimentação e para o bom condicionamento físico, conhecendo os limites do seu corpo. É muito importante não usar substâncias nocivas como estimulantes e anabolizantes”, orienta o especialista.
O infarto agudo do miocárdio é uma situação grave, na qual a chance de morte ou de seqüelas sérias é muito alta. O tratamento precoce para evitar a doença é o caminho mais seguro. Praticar exercícios regularmente, fazer avaliações cardiológicas com freqüência e ter uma alimentação saudável são cuidados básicos que fazem a diferença.
No caso de qualquer sintoma do infarto (dor no peito ou irradiada para o tórax, braço esquerdo ou mandíbula, sudorese e falta de ar), a orientação é procurar imediatamente um especialista. “A pessoa com sinais e sintomas sugestivos de infarto deve ir imediatamente para um pronto atendimento, fazer um eletrocardiograma e colher enzimas cardíacas no máximo em 90 minutos. Na fase aguda do infarto, o paciente passa por cateterismo cardíaco com angioplastia”, orienta Dr. Alexandre Alessi.
Check up
Estar sempre com o check up cardiológico em dia é a melhor maneira de prevenção. Fazem parte da bateria de exames indicados: consulta médica, testes de esforço e eletrocardiogramas, além de exames mais específicos, de acordo com cada caso. Uma forma de avaliar o fator de risco cardíaco é fazer uma cintilografia de perfusão miocárdica, um exame da Medicina Nuclear. "Uma investigação rigorosa da doença pode ser um grande auxiliar para o tratamento e para a prevenção", explica o cardiologista e especialista em Medicina Nuclear da Quanta Diagnóstico Nuclear, dr. João Vítola.
O exame, que costuma ser solicitado apenas pelo cardiologista, atua como um estratificador de risco, identificando as áreas do coração que estão recebendo fluxo sangüíneo. De acordo com o médico, o resultado do exame pode ser decisivo para encaminhar o paciente para o tratamento necessário.
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