Técnicas menos invasivas garantem excelentes resultados no tratamento de varizes. Entenda como tratar esse problema que atinge 38% da população brasileira
Cerca de 38% da população brasileira apresenta varizes, sendo a incidência nas mulheres 2,5 vezes maior que nos homens. A hereditariedade é apontada como fator preponderante para o aparecimento do problema devido ao fato da parede da veia se enfraquecer, levando à dilatação do vaso. Outros fatores também podem ser apontados como sendo de risco para as varizes como as gestações e o uso de anticoncepcionais bem como terapias de reposição hormonal, aumento de peso e algumas atividades de trabalho que demandam longos períodos em pé.
O diagnóstico de varizes é eminentemente clínico e um bom exame físico em consultório é suficiente para a detecção da doença. Outros meios podem ser utilizados como o Doppler Ultra-som, exame não invasivo de fácil realização, que além da confirmação das varizes pode ajudar também no planejamento de uma eventual cirurgia corretiva.
O HCor - Hospital do Coração -, em São Paulo, sendo um centro de referência pioneiro no tratamento de doenças cardiovasculares, já incorpora as mais modernas tecnologias como o laser vascular - que torna a cirurgia de correção de varizes menos invasiva. Já, na cirurgia com laser, as veias não são removidas mas cauterizadas, o que traz benefícios ao paciente como a redução do trauma cirúrgico e proporciona excelente recuperação pós-operatória. A internação no Hospital pode ser desnecessária, e o retorno às atividades habituais é mais precoce que a técnica convencional.
"O HCor também dispõe dos melhores recursos humanos e tecnológicos para o diagnóstico e o tratamento de problemas vasculares no sistema venoso (varizes e trombose venosa profunda) e no arterial, em doenças obstrutivas associadas a diabetes, hipertensão arterial e tabagismo, aneurismas arteriais e embolias, que provocam oclusão aguda da circulação, associada a cardiopatias e arritmias", explica o cirurgião vascular do HCor, Gilberto Narchi Rabahie.
Cirurgia vascular para tratamento das varizes
A cirurgia vascular vem experimentando nos últimos anos grandes avanços na área de diagnóstico das alterações do sistema vascular, e, mais importante ainda, no tratamento das mais diversas doenças. Muito se tem falado de propostas terapêuticas "minimamente invasivas", e estes avanços também se aplicam ao paciente portador de varizes dos membros inferiores.
A veia varicosada ou variz é definida como uma veia que apresenta alteração do seu calibre e também em seu comprimento, tornando-se dilatada e tortuosa. As varizes são conhecidas desde a antiguidade sendo a doença mais freqüente de todas as doenças vasculares.
Uma vez dilatadas, sua função fica comprometida, e pode levar a sintomas como dor, cansaço, inchaço, peso nas pernas e cãibras, devido à retenção do sangue nestas veias com dilatação. Além destes sintomas, o paciente tem também um desconforto estético.
"Algumas medidas podem ajudar a prevenir a doença varicosa como a prática de exercícios físicos regularmente, evitar o sobrepeso e o uso prolongado de hormônios, elevação dos membros sempre que possível e sobretudo o uso correto de compressão elástica (meias elásticas), principalmente na gestação", explica Dr. Rabahie.
Além dos sintomas que podem trazer incômodo ao dia a dia do portador de varizes, algumas complicações podem surgir como a flebite superficial - que é a formação de coágulos dentro da veia varicosa - e pode levar a dor local, endurecimento da veia e vermelhidão, bem como manchas de cor castanho escuro (dermatite ocre), e até mesmo úlceras devido a alterações da oxigenação da pele.
Outra complicação importante e de certa forma dramática é a varicorragia, ou seja, o rompimento de uma variz com sangramento externo. O tratamento das varizes sempre deve ser instituído não somente para a melhora estética e dos sintomas, mas principalmente para que as complicações descritas não aconteçam.
Dados da Notícia:
Data da inclusão: 13/01/2010
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