Receber apelidos não é nada agradável, principalmente quando remetem a algum defeito físico ou estético, como por exemplo, as orelhas descoladas, também chamadas de "orelhas de abano". Para as crianças, as brincadeiras de mau gosto começam logo que entram na escola. As orelhas, que até então não incomodavam, passam a ser o centro das atenções e elas recebem apelidos como "dumbo" e "topogigio".
Essa situação afeta a auto-estima, prejudicando o relacionamento dessas crianças e pode comprometer negativamente até o aprendizado. Isso ocorre porque ela se sente complexada, diferente do grupo e se isola. Muitas vezes, a criança até deixa de querer ir à escola.
Outro sinal de que estão incomodadas com as orelhas é quando deixem o cabelo crescer ou colocam pra frente para escondê-las. "A atitude disfarça, mas não resolve. A solução para o problema é a cirurgia", explica o cirurgião otorrinolaringologista Maurício Buschle do Hospital Iguaçu, que também é responsável pelo Setor de Otologia e Doenças do Ouvido do Hospital de Clínicas de Curitiba.
A otoplastia - cirurgia que corrige esse afastamento da orelha - é a corrige definitivamente para o problema. De acordo com o cirurgião, a cirurgia pode ser feita em crianças a partir de seis anos, pois nessa fase as orelhas já atingiram o seu tamanho definitivo. "Quanto mais precocemente for realizado o procedimento, menos a criança sofrerá com as brincadeiras", acredita.
A otoplastia é uma cirurgia relativamente simples e que tem recuperação rápida e resultado imediato. Além disso, a cicatriz é quase invisível e fica localizada na parte de trás da orelha. A cirurgia consiste em, por meio de uma pequena incisão, aproximar a cartilagem da cabeça. É necessário também fazer todas as dobras da pele que estão ausentes na orelha em abano. "Como a criança demonstra a vontade de corrigir o problema, geralmente coopera na cirurgia e toma os cuidados necessários durante o pós-operatório", observa o otorrinolaringologista.
Apesar da cirurgia ser mais indicada na infância, pessoas de todas as idades podem se submeter ao procedimento.
Indícios de orelha de abano
A otoplastia pode ser feita por um otorrinolaringologista, que além de tratar de problemas funcionais de ouvido, nariz e garganta, também faz cirurgias reparadoras como a de orelha de abano. O especialista explica que existem três defeitos fundamentais que caracterizam a orelha de abano. Os pais devem observar se a criança não possui a anti-hélix (dobra mais externa da orelha) que mantém as orelhas alinhadas à cabeça num ângulo de 30 a 45º. Devem prestar atenção também no aumento do tamanho da concha e ver se existe uma angulação exagerada da cartilagem da orelha em relação ao osso mastóide (osso atrás do ouvido).
Muitos pais que percebem a orelha de abano logo cedo tentam corrigir o problema colocando esparadrapo ou fita crepe nas orelhas do bebê. "Este tipo de atitude não muda a situação, o problema só se resolve com a cirurgia e pode acabar machucando o bebê", alerta.
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