Com diagnóstico cada vez mais comum, o HPV - Papilomavírus Humano - ganha cada vez mais destaque na luta de combate ao câncer. Isso porque estudos mundiais comprovam que 99% dos casos de câncer de colo de útero estão ligados a infecções pelo vírus. "A boa notícia é que o HPV é passível de prevenção e tratamento", explica o oncologista João Nunes.
A primeira evidência da relação entre câncer e HPV surgiu em 1974, através do pesquisador Herald zur Hausen. Hoje, é consenso que praticamente todos os casos de câncer de colo de útero estão relacionados ao HPV. "Mas isso não quer dizer que todos as mulheres infectadas terão câncer. Apenas os subtipos de HPV de alto risco estão relacionados à doença. E, depois, o câncer é multifatorial", esclarece o médico.
Além da infecção por Papilomavírus Humano, o desenvolvimento de um tumor maligno está relacionado a outros co-fatores, tais como: uso de medicações imunossupressoras, HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, entre outros.
Transmissão - Estudos mundiais indicam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Porém, a maioria das infecções será transitória. Isso porque o sistema imunológico é capaz de combater de maneira eficiente a infecção, alcançando em alguns casos a eliminação do vírus, principalmente entre as jovens.
Dr. João Nunes explica que a transmissão se dá por contato direto com a pele e mucosas infectadas. "Os HPV genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus". Ao contrário do que muitos acreditam, o contágio não acontece com o uso de toaletes públicos ou roupas de outras pessoas - embora cuidados higiênicos sejam necessários em ambas as situações.
"A camisinha ainda é a maior aliada no caso de prevenção. Ela reduz a possibilidade, mas não elimina completamente o risco de transmissão do HPV na relação sexual e deve ser utilizada em qualquer tipo de relação", orienta o oncologista. No Brasil, já está aprovada uma vacina que previne alguns subtipos do vírus, em especial os ligados ao câncer.
Enquanto isso, além do uso do preservativo, as mulheres devem realizar anualmente o exame papanicolau, desde o início da vida sexual, com o objetivo de detectar precocemente qualquer alteração. "A maioria das infecções por HPV não apresenta sintomas - lesões ou verrugas", ressalta Dr. Nunes. Diversas modalidades de tratamento estão disponíveis, entretanto, cada caso deve ser avaliado pelo médico assistente, que adotará a conduta mais adequada.
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Data da inclusão: 12/06/2007
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