Cremes, loções, ácidos...O arsenal é grande e já faz parte da rotina diária de homens e mulheres preocupados em manter a pele bonita e saudável. E, a cada dia, novos produtos surgem e movimentam este mercado tão cobiçado.
Na área da Dermatologia e da Cosmética, várias substâncias têm sido pesquisadas, muitas com resultados promissores. Exemplo disso são os nutracêuticos, que prometem uma verdadeira revolução no tratamento da beleza.
Diferente da ação de um simples creme ou loção que tem ação cutânea, os nutracêuticos são ingeridos. Eles são compostos nutrientes, que podem ser alimento - como a soja por exemplo, ou parte dele, com capacidade comprovada de proporcionar benefícios à saúde, como a prevenção e tratamento de doenças. Os nutracêuticos também atuam como coadjuvantes em processos fisiológicos, ajudando no restabelecimento de estruturas cutâneas e suprindo nutrientes que são perdidos naturalmente no processo de envelhecimento. "O declínio das funções cutâneas reduz o aproveitamento dos nutrientes e ao mesmo tempo agrava o processo degenerativo" ressalta Dra. Flávia Addor, diretora técnica da Medcin Instituto da Pele - um dos maiores centros de pesquisa dermatológica do Brasil, e pesquisadora da repercussão de micronutrientes por via oral na pele humana.
Entre os nutrientes já conhecidos por seu potencial antioxidante, como as vitaminas E e C, a vitamina K desponta em algumas pesquisas. "A vitamina K, combinada ao retinol, parece ter um efeito protetor à produção colagênica na derme, em estudos in vitro " afirma a Dra. Flavia. "Outros, como os peptídeos, vêm sendo estudados em alguns processos degenerativos, como o dano solar, o maior responsável pela formação de rugas", acrescenta a pesquisadora.
Oligoelementos como Zinco, Cobre e Manganês também parecem ter uma ação positiva sobre estes processos. "O silício, reconhecido pela sua atuação na cicatrização, apresentou resultados interessantes não somente na redução de linhas e melhora das propriedades físicas da pele, mas também na melhora da constituição protéica do cabelo e unhas", explica Dra. Flavia. "Entretanto, é preciso paciência, pois são ainda poucas as pesquisas e os resultados podem demorar a aparecer", adverte a médica.
De acordo com a Dra. Flávia, que participou recentemente de um simpósio sobre o nutracêuticos, em Paris, é necessário ter a comprovação da eficácia in vitro, conhecendo o mecanismo de ação do nutriente, para depois observar seus efeitos em uma etapa clínica. Outro aspecto importante é a relação entre o tratamento e o estilo de vida do usuário. "Fatores como a dieta, o fumo, o álcool, a exposição solar e medicações concomitantes influenciam nos resultados", afirma a pesquisadora.
Dra. Flavia Addor é médica dermatologista, membro efetivo Sociedade Brasileira de Dernatologia (SBD) e fellow da American Academy of Dermatology, é fundadora e membro da Comissão de Pesquisa Clínica em Cosméticos da Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica -SBPPC, além de integrar o Departamento de Cosmiatria da SBD e coordenar o ambulatório de alergia do departamento de dermatologia da UNISA. Diretora técnica da Medcin - Instituto da Pele, Dra. Flavia Addor atua há mais de 10 anos prestando consultoria técnica para indústrias Cosmética e Farmacêutica e também para a Associação Brasileira da Indústria de produtos para Higiene Pessoal, Perfurmaria e Cosméticos (ABIHPEC) e órgãos oficiais como Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA)
Créditos: Esther Camara - (MTb 41.179) - esther@rosaarrais.com.br
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Leitura adicional:
Pele saudável e alimentação
