Você tem alguma mancha, verruga ou pinta na pele, com tamanhos e bordas irregulares, que esteja aumentando de tamanho ou mudando de cor? Se a resposta for "sim", cuidado, porque se não for percebida a tempo pode evoluir para um sintoma do câncer de pele, doença que, somente no ano passado, teve mais de 120 mil novos casos diagnosticados no Brasil.
"Mudanças na pele, aparentemente inocentes, como uma ferida que não sara ou uma pequena lesão endurecida, brilhante ou avermelhada, também são características que devem ser observadas. Os tumores normalmente começam com a aparência de uma espinha ou picada de inseto, mas que nunca cicatrizam. Quando isso acontecer deve-se procurar um especialista, pois o câncer, quando detectado logo no início, tem cura", alerta a dermatologista Renata Chaim da Clínica Dermoplástica, em Ribeirão Preto.
O câncer de pele se caracteriza pelo crescimento anormal e descontrolado das células de um determinado tecido e pode ser de três tipos: os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, que representam70% e 25% dos casos diagnosticados, respectivamente, e o melanoma, que é a forma mais agressiva, devido ao alto potencial de metástase, fenômeno que ocorre quando as células cancerígenas são levadas pela corrente sanguínea para outras regiões vitais do corpo. Nesse caso, a sobrevida do paciente é de quatro meses, em média.
A maior incidência do câncer de pele é em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara. Por outro lado, é grande o índice de cura quando a doença é detectada precocemente. Por isso, especialistas alertam para a importância do rápido diagnóstico e principalmente para a prevenção, que pode começar pela proteção da pele sem uma exposição excessiva ao sol.
"As regiões da cabeça e do pescoço são as mais atingidas por serem partes do corpo que não conseguimos enxergar direito. O ideal é que as pessoas tomem sol apenas até as nove horas da manhã e depois das quatro da tarde, sempre com a aplicação de protetores solares. O auto-exame também é muito importante. Temos que estar sempre procurando manchas e pintas diferentes na pele", explica a médica Renata Chaim.
O representante comercial, Elcio Araujo, 61 anos, tem a pele muito clara e várias pintas (sardas) pelo corpo. Ele sabe que deve ficar atento e não sai de casa sem aplicar protetor solar na pele. "Mesmo quando circulo pelas ruas, a trabalho, sinto o sol quente atingindo a pele. O protetor solar evita que eu tenha a pele queimada, o que me ajuda na prevenção. Estou atento e se detectar qualquer coisa suspeita vou procurar o médico imediatamente", conta.
Tratamento cirúrgico
Detectado precocemente, o câncer de pele é altamente curável. "Principalmente os carcinomas basocelulares e espinocelulares, tumores mais simples que conseguimos retirar por meio de cirurgia", diz o cirurgião Ricardo Chaim.
Ainda segundo Chaim, quando não há metástase o tumor é retirado e é dado início ao tratamento imunoterápico. "A cirurgia elimina a lesão. Também são retirados tecidos de uma margem que vai de dois ou três centímetros ao redor do tumor. A imunoterapia evita a metástase e, dependendo da área atingida, a cirurgia plástica de reparação pode ser feita com retalhos de pele e até enxertos. O mais importante é deixar o mínimo de estigma possível para a pessoa", conclui.
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Data da inclusão: 24/08/2007
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Leitura adicional:
Câncer de pele
Bronzeamento Artificial - Riscos de câncer de pele, manchas e queimaduras