Por incrível que pareça a natação sincronizada começou no século XIX entre os homens, através de um grupo de atores que resolveram inovar e armaram uma apresentação dentro de uma piscina, fato que permitiu, em 1891, em Berlim, a realização do primeiro torneio oficial. Logo chamou a atenção das mulheres por se parecer muito com o ballet e assim em 1929, um grupo de moças faz uma apresentação de dança na piscina surgindo o ballet aquático, dessa forma passaram a dominar o esporte, tanto que atualmente somente as mulheres disputam torneios oficiais, inclusive jogos olímpicos.
Como desporto aquático denomina-se natação sincronizada e se constitui de duas partes:
1. Uma execução individual de movimentos pré-determinados pela regra;
2. Execução de movimentos construídos livremente por uma ou mais pessoas sincronizadas entre si e em harmonia com o ritmo de um acompanhamento musical.
Além da graça e beleza que proporciona ao público enquanto desporto de competição, a natação sincronizada é uma atividade que desenvolve o sistema proprioceptivo (percepção corporal, visual, auditiva e tátil) e habilidades sinestésicas, trabalha com objetivos educacionais tais como auto-estima, perseverança e autonomia, os quais são importantes para o desenvolvimento tanto físico e mental quanto pessoal e social de um indivíduo.
A natação sincronizada como desporto olímpico, ao contrário, exige rigorosas técnicas para ser obtida uma perfeita performance e sincronia dos movimentos dentro da água, que podem ser realizados por solos, duetos e equipes (oito atletas), sendo a sua execução, sincronia, dificuldade e criatividade avaliadas por dez juízes, dos quais cinco julgam a impressão artística e cinco a parte técnica das coreografias (rotinas).
Canadá, Estados Unidos, Espanha e Japão são países de ponta na modalidade, mas nos últimos anos a Rússia tem se mostrado imbatível.
Gasto Energético
O nado sincronizado requer um grande esforço físico por parte das atletas, uma vez que a água dificulta a coordenação e a graciosidade dos movimentos. Além disso, a energia proveniente da respiração bucal chega aos músculos de maneira ineficiente, fazendo com que o atleta se esforce muito mais para obter a excelência nos resultados. O cansaço físico pode comprometer a leveza dos movimentos sob pena de perder pontos referentes à apresentação.
Os cuidados com a alimentação são fundamentais para aumentar o rendimento físico e melhorar o desempenho. A dieta deverá ser nutricionalmente balanceada e fornecer todos os macro e micronutrientes, para que haja condições necessárias de reserva e queima de energia. A ingestão adequada de carboidratos acelera a recuperação muscular, assim como participa do equilíbrio imunológico. A hidratação deve ocorrer antes, durante e depois das atividades.
Referências Bibliográficas
1. FEDERAÇÃO AQUÁTICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Disponível em: https://aquatica.org.br. Acessado em 24/08/04
2. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS. Disponível em: https://www.cbda.org.br. Acessado em 24/08/04
3. AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION; DIETITIANS OF CANADA; AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE - Position of American Dietetic Association, Dietitians of Canada and American College of Sports Medicine: Nutrition and athletic performance. J. Am. Diet. Assoc. v 100, n.12, p. 1543-1556, 2001.
4. SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DO ESPORTE - Diretriz sobre Modificações Dietéticas, Reposição Hídrica, Suplementos Alimentares e Drogas. Comprovação de Ação Ergogênica e Potenciais Riscos para a Saúde. Disponível em: www.gssi.com.br/publicacoes/Artigo/pdf/Artigos_Diretriz_da_SBME.pdf
5. BERNING, Jacqueline - Mantenha o Motor Funcionando: Combustível antes e depois das Competições. In: Gatorade Sports Science Institute. Disponível em: www.gssi.com.br. Acessado em 17/08/03.
Leitura adicional:
Gatorade Sports Science Institute
História das Olimpíadas - Jogos Olímpicos da Antiguidade
História dos Jogos Pan-Americanos